Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Terça, 24 de Setembro de 2024

Maior pista do aeroporto de Cumbica fechará na madrugada

23/09/2013
A pista principal do aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP), o maior do país, será fechada por dois meses para pousos e decolagens durante as madrugadas, para passar por uma reforma.
 
A interrupção começará em 7 de outubro e ocorrerá sempre de meia-noite às 6h até 8 de dezembro. A segunda pista, de 3.000 metros, será usada para receber todas as aeronaves durante o horário da obra.
 
As duas pontas da pista principal, que tem cerca de 3.600 metros, já foram reformadas. A última intervenção, feita pela Infraero, foi em 2011, quando um terço da pista fechou por três meses.
 
Como as obras foram feitas nos extremos, não foi necessário bloquear pousos e decolagens. Agora, ela terá que ficar fechada durante as madrugadas porque a intervenção será no meio da pista.
 
A reforma dos cerca de 1.200 metros da área central da pista estava prevista desde que o aeroporto foi concedido para a administração privada no ano passado, mas vinha sendo adiada.
 
A concessionária GRU Airport, formada pelas empresa Invepar (Brasil) e Acsa (África do Sul), previa fazer a reforma em 30 dias. Mas a intervenção será mais complexa do que se imaginava, com a retirada de camadas do solo para recuperar a pista.
 
VOOS
 
Com o funcionamento apenas da pista auxiliar, a capacidade de movimento (pousos e decolagens) no aeroporto no horário da obra deverá cair em cerca de 30%.
 
A concessionária, porém, trabalha com o plano de manter todos os voos, já que nesse horário o movimento de pousos e decolagens é menor.
 
São em média 78 movimentos em toda a madrugada. No horário de pico, pode chegar a 47 por hora.
 
Mas alguns aviões poderão ter de operar com restrição de carga ou passageiros.
 
Questões climáticas podem elevar o risco de cancelamentos ou atrasos nos voos no período de obras, segundo apurou a Folha.
 
Isso porque a GRU Airport ainda não está usando o CAT III, um sistema de segurança de voo que permite pousos com situações climáticas mais críticas que o normal.
 
IMBRÓGLIO
 
O governo instalou o sistema, ao custo de R$ 9 milhões, antes de a concessionária assumir. Para que ele entre em operação são necessárias obras que a concessionária diz não estarem no contrato.
 
Para realiza-las, a GRU Airport defende o recebimento de uma compensação.
 
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) não quer pagar e ameaça levar o aparelho para outro aeroporto.