Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo
Terça, 24 de Setembro de 2024

Fabricantes miram aviões menores para mercados regionais

05/08/2013
Após focar durante anos em aviões que poderiam voar cada vez mais, as maiores fabricantes de jatos do mundo voltam suas atenções para aeronaves de menor porte que atraem companhias aéreas relutantes em pagar por desempenho que não precisam.
 
Boeing e Airbus gastaram bilhões de dólares para construir jatos avançados e capazes de voar um terço da volta ao mundo sem paradas, mas mudanças econômicas forçaram um ajuste na estratégia.
 
A Boeing lançou uma nova versão do seu Dreamliner na Paris Airshow em junho, cortando 1.800 quilômetros do alcance de seu jato mais novo e dando-lhe uma fuselagem maior e mais lugares para passageiros.
 
A fabricante disse que o 787-10 Dreamliner será seu avião mais eficientes em custos, otimizado para operações regionais, incluindo a Ásia.
 
Dentro de dias, a Airbus retirou da gaveta planos para uma nova versão "Regional" de seu A350.
 
E depois de anos de melhoras no antigo A330, a Airbus anunciou que também vai oferecer uma versão regional desse avião para viagens curtas. Fontes dizem que ele será destinado aos mercados domésticos da China e Índia.
 
As decisões refletem tanto uma batalha entre rivais tradicionais e uma mudança econômica mais ampla.
 
Metade do crescimento do tráfego nos próximos 20 anos será na Ásia e o tráfego regional está crescendo rapidamente.
 
Embora a confiança esteja abalada com a desaceleração econômica na China, a Boeing prevê que viagens na Ásia crescerão 6,5 por cento por ano nas próximas duas décadas, ante 5 por cento na média global.
 
As três principais rotas de crescimento estão no sul e no sudeste da Ásia, todas com distâncias menores do que os principais jatos foram projetados para fazer.
 
Em Singapura ocorreu o que pode ter sido o primeiro grande acordo envolvendo os modelos de curto alcance.